Em 1992, eu tinha nove anos, porém, me recordo de vários fatos que mudariam minha vida para sempre. Sou de uma família praticamente de tricolores, de frequentadores do clube das laranjeiras quase que diariamente, mas algo diferente aconteceu comigo. Um falecido tio-avô, chamado Otávio, iria mudar minha vida. Ele era um rubro-negro fanático. Ele chegava ao ponto de comprar figurinhas do campeonato brasileiro para mim, e só me entregava figurinhas dos jogadores do Flamengo, o resto ele mandava jogar fora. Contava-me histórias dos títulos e dos grandes jogadores do Clube. E aquilo ia mexendo com minha cabeça, meu pai que é um tricolor pra lá de folclórico, mas não tinha como competir com meu tio-avô aposentado, já que ele trabalhava muito na época. E meu tio-avô tinha como maior “esforço” diário em flertar com a moça que trabalhava de caixa na padaria da esquina.
Nesse mesmo ano Flamengo ia rumo ao Penta Campeonato Brasileiro, comandado por Junior, na época, já chamado de “Vovô-Garoto”. Sapecando na final, no primeiro jogo, por 3 a 0 e o empate no segundo de 2 a 2 contra o Botafogo, conquistando seu quinto título Brasileiro.Fatalmente, para uma criança comemorar seu primeira conquista como torcedor, sendo um Campeonato Nacional é uma emoção incrível,por mais que você não saiba muito bem as proporções que isso tem na realidade.O meu grande amigo, foi levado pelo câncer,mas deixou o seu legado rubro-negro para seguir.
Desde então passei seguir o Flamengo no seu dia a dia, isso passou a ser uma coisa comum, como alguém que tem uma religião ou uma pessoa que corre na lagoa Rodrigo de Freitas todos os dias.
Passei poucas e boas, como qualquer torcedor, vi glorias sensacionais e desastres humilhantes, que me abatiam seriamente na minha adolescência, um clássico contra o Vasco ia dizer se teríamos uma semana boa ou ruim, pois no colégio não tem perdão para um torcedor juvenil. Cheguei a ficar nove horas em uma fila com sol na cabeça no trágico jogo da final da Copa do Brasil contra o Santo André, com amigdalite, para ter o final que todos nos sabemos... Também tive glórias sensacionais como o gol do Pet aos 43 do segundo tempo no Tri-Campeonato Carioca contra o Vasco em 2001.
Mas nada, nada mesmo se compara com a alegria de ser Campeão Brasileiro, mesmo hoje já não vivendo em função do Flamengo, sendo um torcedor mais maduro, normal com o passar do tempo, não tive alegria maior do que ser Hexa, me senti realizado, como uma espécie de dever cumprido por esses 17 anos de espera por um novo título, quando o Ronaldo Angelim fez aquele gol de cabeça no segundo tempo contra o Grêmio , passou um filme em minha cabeça, pensei em segundos tudo que eu já passei na aquele estádio com meus amigos desde a infância até aquele momento, enfim conseguimos.
Não vou vangloriar o Adriano, nem o nosso grande ídolo Petkovic, e sim nossa torcida, ninguém merece mais esse titulo do que a gente. Imagina aquele cara que é humilde, que deixou varias vezes até de comer para ver o time jogar, agora ele foi recompensado, sua alegria momentânea vai anular seus problemas diários de certa forma, ele vai sorrir finalmente, ainda bem. Se isso é certo ou não, quem somos nós para julgar. Como dizia o grande mito Nelson Rodrigues:
- “Se Euclides da Cunha fosse vivo teria preferido o Flamengo a Canudos para contar a história do povo brasileiro.”
Flamengo é sim um clube diferente, não é um papo de torcedor não, Flamengo não é só um clube de Futebol, Flamengo é uma expressão cultural, e como o Samba, o Forró, a Feijoada, Bossa Nova, é uma identidade nacional!
Ser Flamengo é sim, ser um pouco mais Brasileiro.
Saudações a todos!
Saudações Rubro-Negras!
Nesse mesmo ano Flamengo ia rumo ao Penta Campeonato Brasileiro, comandado por Junior, na época, já chamado de “Vovô-Garoto”. Sapecando na final, no primeiro jogo, por 3 a 0 e o empate no segundo de 2 a 2 contra o Botafogo, conquistando seu quinto título Brasileiro.Fatalmente, para uma criança comemorar seu primeira conquista como torcedor, sendo um Campeonato Nacional é uma emoção incrível,por mais que você não saiba muito bem as proporções que isso tem na realidade.O meu grande amigo, foi levado pelo câncer,mas deixou o seu legado rubro-negro para seguir.
Desde então passei seguir o Flamengo no seu dia a dia, isso passou a ser uma coisa comum, como alguém que tem uma religião ou uma pessoa que corre na lagoa Rodrigo de Freitas todos os dias.
Passei poucas e boas, como qualquer torcedor, vi glorias sensacionais e desastres humilhantes, que me abatiam seriamente na minha adolescência, um clássico contra o Vasco ia dizer se teríamos uma semana boa ou ruim, pois no colégio não tem perdão para um torcedor juvenil. Cheguei a ficar nove horas em uma fila com sol na cabeça no trágico jogo da final da Copa do Brasil contra o Santo André, com amigdalite, para ter o final que todos nos sabemos... Também tive glórias sensacionais como o gol do Pet aos 43 do segundo tempo no Tri-Campeonato Carioca contra o Vasco em 2001.
Mas nada, nada mesmo se compara com a alegria de ser Campeão Brasileiro, mesmo hoje já não vivendo em função do Flamengo, sendo um torcedor mais maduro, normal com o passar do tempo, não tive alegria maior do que ser Hexa, me senti realizado, como uma espécie de dever cumprido por esses 17 anos de espera por um novo título, quando o Ronaldo Angelim fez aquele gol de cabeça no segundo tempo contra o Grêmio , passou um filme em minha cabeça, pensei em segundos tudo que eu já passei na aquele estádio com meus amigos desde a infância até aquele momento, enfim conseguimos.
Não vou vangloriar o Adriano, nem o nosso grande ídolo Petkovic, e sim nossa torcida, ninguém merece mais esse titulo do que a gente. Imagina aquele cara que é humilde, que deixou varias vezes até de comer para ver o time jogar, agora ele foi recompensado, sua alegria momentânea vai anular seus problemas diários de certa forma, ele vai sorrir finalmente, ainda bem. Se isso é certo ou não, quem somos nós para julgar. Como dizia o grande mito Nelson Rodrigues:
- “Se Euclides da Cunha fosse vivo teria preferido o Flamengo a Canudos para contar a história do povo brasileiro.”
Flamengo é sim um clube diferente, não é um papo de torcedor não, Flamengo não é só um clube de Futebol, Flamengo é uma expressão cultural, e como o Samba, o Forró, a Feijoada, Bossa Nova, é uma identidade nacional!
Ser Flamengo é sim, ser um pouco mais Brasileiro.
Saudações a todos!
Saudações Rubro-Negras!